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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Como a URSS mostrou sua amizade com os povos no futebol.


Reinoso dá a saída para Chamaco Valdés, que rola para Caszely. Ele passa para Crisosto e a tabela continua até a área, onde Valdés chuta de bico. Gol. O gol da classificação do Chile para a Copa de 1974. Chile 1 x 0... ninguém!
No total, a linha de passe teve 13 passes em menos de 30 segundos. Seria um fantástico gol relâmpago se houvesse outro time em campo naquele 23 de novembro de 1973, no Estádio Nacional de Santiago. Em tese, a equipe da União Soviética deveria estar ali para o jogo de repescagem envolvendo um sul-americano e um europeu. Mas, dois meses antes, o general Augusto Pinochet havia tomado o poder no Chile num golpe de Estado. O presidente esquerdista Salvador Allende morreu durante a ação. Nas semanas seguintes, milhares de pessoas foram presas, torturadas ou mortas (muitas vezes, as 3 opções). O Estádio Nacional servia de campo de concentração improvisado, com uma área de execução no círculo central.
A decisão da vaga para a copa logo se transformou em imbróglio diplomático – maior potência comunista da época, a URSS apoiava o governo socialista de Allende e se recusou a viajar ao Chile de Pinochet.
Para sacramentar que foi a URSS quem fugiu da disputa, os chilenos mantiveram o jogo. Num domingo ensolarado, o Estádio Nacional teve seus prisioneiros retirados e cerca de 20 mil torcedores ocuparam as arquibancadas. A “partida” durou apenas até o “gol”. Em janeiro de 1974, a Fifa oficializou a vaga chilena numa votação especial. Na copa, o Chile não se deu bem. Perdeu um jogo, empatou dois e foi eliminado. A jornada da seleção acabou aí. O mandato de Pinochet se estenderia até 1990.


Na foto: prisioneiros de Pinochet no Estádio Nacional de Chile. A URSS se solidarizou com essa gente e se negou a jogar com o Chile.

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