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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Os Aiatolás do Irã ajudaram a minar a Soberania do Iraque.


Tropas iraquianas vitoriosas em 1991 após o fracasso da rebelião instigada pelo fascínora Bush Pai.

Quem que estuda o Oriente Médio não sabe da infame Guerra Irã-Iraque? Durou quase uma década e levou  1 milhão de pessoas junto quando acabou.

O Iraque de Saddam cometeu grandes erros nesse tempo. Cegos por um forte sentimento anti-Persa, os Baathistas arrastaram o país a guerra contra o país vizinho, com certa ajuda internacional (incluindo dos EUA). Isso, é claro, não isenta a República Islâmica do Irã de toda a culpa, pois eles incentivaram rebeliões radicais xiitas no país árabe.

Irã e Iraque Baathista nunca foram amigos desde então. O Irã continuou a guerra indiretamente, por meio do movimento Dawa. O Dawa, hoje um dos principais partidos do governo fantoche pós-2003 (dominado por xiitas, diga-se de passagem) foram os "rapazes do Irã" no Iraque após o conflito acabar. Claro que não iam disputar eleições, então tiveram de recorrer ao terrorismo.

Nos anos 90, Saddam invadiu o Kuwait. Estrategicamente e moralmente, esta ação foi mais que correta. O rico Kuwait sempre foi parte do Iraque. Desde os anos 50, quando o país ainda era uma Monarquia, os iraquianos se negavam a ver o Kuwait como um país independente - uma "Independência" financiada pelos Britânicos (eu lhes desafio a achar qualquer menção a um Kuwait como um país soberano e de cultura e identidades próprias no Século 19 ou mesmo nos primeiros anos do Século 20) e que repartiu a pátria iraquiana com uma monarquia decadente, corrupta e traiçoeira. O Kuwait é um exemplo perfeito de pseudo-país e - assim como os Emirados Árabes - a maior parte de seus residentes não nasceu lá e muitos nem são árabes.

Ainda assim, mesmo sendo correto pegar o que é seu por direito, ao atacar o Kuwait o Iraque caiu numa terrível armadilha e quase foi devastado por uma gigantesca coalizão de mais de 20 países - liderados pelos imperialistas ianques - que teve de enfrentar sozinho.

Quando a guerra acabou, os radicais do Dawa - junto da reacionária milicia Badr - se aproveitaram para instigar a população xiita a se rebelar contra o regime revolucionário baathista - que tinha muitos xiitas nos mais altos círculos internos do poder.

 Era 1991 e os Iraquianos tiveram de enfrentar separatistas curdos, xiitas radicais e soldados desertores. Todos armados até os dentes. Um acontecimento que rodou o mundo como uma guerra de libertação nacional de "xiitas contra supremacistas sunitas", em realidade uma violenta rebelião instigada pela CIA com o objetivo de dividir ainda mais o país.

A rebelião foi derrotada. No mesmo ano. O Exército Iraquiano salvou a Nação dessa vez. Mas em 2003, uma força militar muito maior - liderada por americanos e britãnicos, conseguiu derrubar Saddam. Tem início um grande pesadelo para o povo iraquiano, o país é devastado pelos anos que se viriam. Saddam e o Partido Baath são substituidos por uma liderança subserviente aos EUA - com o Partido Dawa como uma das cabeças principais.

Por fim, Nouri Al-Maliki, xiita envolvido com o Dawa desde os 80, se torna premiê do país em 2006 e lá está desde então. Muqtada Sadr, outro clérigo radical xiita ligado ao Irã, é uma das bases de apoio de seu governo subserviente. É bem famosa a história do homem que gritou o nome de Muqtada enquanto Saddam era executado.

A Resistência Iraquiana - sunita, xiita, cristã, secular - definitivamente não tem amigos entre os Iranianos. 


Apoio o Hezbollah, Bashar Al-Assad e sou 300% contra uma guerra com o Irã. Se ocorrer uma, quero que eles massacrem os invasores. Mas é inegável o papel miserável da República Islâmica do Irã em facilitar a consolidação do poder no Iraque pelas marionetes da CIA.

2 comentários:

  1. E o pior de tudo é que há um sujeito com quem cheguei a travar algumas conversas que fica justificando esse papelão do Irã no Iraque hoje em dia.

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  2. E não vamos nos esquecer do papelão do Irã na desintegração da Iugoslávia, onde apoiou os bósnios e assim fez coro a ofensiva de EUA e Alemanha contra a Iugoslávia.

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