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sábado, 19 de novembro de 2011
O Sangue do Leão e a festa dos ratos. *
Bahar Kimyongür
21/10/2011
Libia/Mundo árabe
Sirte, a Stalingrado do desierto, resistiu com seu sangue á barbarie celeste da OTAN e seus mercenários indígenas.
No meio das ruínas fumegantes da aldeia mártir, um leão está morto. Um leão que, tanto em sua vida como em sua morte, havia pago sua ferocidade ao serviço de sua pátria, de seu povo, seu continente e de todos os condenados da terra.
Em volta deste corpo agonizante, é que ratos famintos, os bábaros do CNT e da OTAN, disputavam os pedaços de sua nobre carne.
"Fomos nós que o eliminamos", gritam os ratos de Washington a Paris
"Não, fomos nós", retrucam os ratos cipaios locais.
O corpo mutilado de Gaddafi é o da Líbia mutilada, servida na bandeja da OTAN e do CNT
A Líbia de Gaddafi era um país de ferro. Seus cidadãos não mendigavam na porta dos mestres europeus.
A Líbia de Gaddafi era um país próspero. Era o El Dorado da África. Uma terra de abundância que oferecia pleno emprego.
A Líbia de Gaddafi era um país generoso. Escolas gratuitas munidas dos mais modernos equipamentos. Hospitais gratuitos aonde nada faltava. Esta Libia, dentre outras coisas, financiou o RASCOM 1, um satélite de comunicações que permitia todos os africanos falarem pelo telefone quase de graça, eles que pagavam uma das tarifas telefonicas mais caras do mundo. A Europa chegou a colonizar os recursos de comunicação africanos, forçando o continente a desembolsar 500 milhões de dólares por ano para permitir o uso de seus satélites europeus para a telefonia africana.
A Líbia de Gaddafi era um país solidário. Dotado de um um ministério encarregado de apoiar a revolução onde quer que surgisse, esta Líbia acolheu com braços abertos a todos os lutadores do mundo, financiou numerosos movimentos de libertação: Panteras Negras, militantes contra o Apartheid, militantes de Chile, El Salvador, Angola, País Basco, Irlanda, Palestina...Possuídos por seus velhos fantasmas, jornalistas europeus informaram que francoatiradoras das FARC foram inscritas no Exército Líbio. Intoxicação pura. Como revanche, os guerrilheiros tuareg da Frente Polisário, el movimento de libertação do Saara Ocidental, protegiam a cidade de Tripoli da bárbarie da OTAN e do CNT.
A Líbia de Gaddafi pôs em prática a democracia direta. Gaddafi tinha apenas um papel simbólico, o do velho sábio temido e respeitado ao mesmo tempo. A população foi conduzida para discutir e escolher o destino pelos Comitês Populares, sem necessidade de parlamentos.
Infelizmente, essa Libia não conseguiu sobreviver como uma democracia estável. As lutas pessoais tomaram prioridade sobre os interesses coletivos. Como várias revoluções, a Líbia de Gaddafi conheceu a degeneração ideológica e a união de sofrimentos e injustiças que se seguiram.
A Líbia de Gaddafi não conseguiu estabelecer um acordo entre as tribos e os clãs de Tripolitania e Cirenaica.
A Líbia de Gaddafi acreditou que somente a força poderia derrotar as maquinações jihadistas de Al-Qaeda, dos oportunistas e dos rebeldes pró-ocidentais.
A Líbia de Gaddafi tentou quebrar seu isolamento internacional "abrindo-se ao mundo", pensando que os ratos do Eliseu, do Downing Streetm do Palácio Chigi ou da Casa Branca acabariam por comer da sua mão. Estes ratos, que na realidade se colocaram subrepticiamente nas mangas de sua túnica, que haviam aproveitado a situação de abertura para se inflitrar no país, sabotá-lo, arruiná-lo e drenar a sua riqueza para o século XXI.
Agora os ratos europeus e os do CNT saciam sua sede na juba do leão.
Mas o leão foi despojado de suas garras para se reunir com Lumumba e Sankara, os outros filhos e mártires da África heróica
Bebei, hordas de covardes, bebei! Que seu sangue ferva vossas entranhas como o Zaqqoum!
Chorai, patriotas líbios, chorai! Que suas lágrimas afoguem vossos carrascos e suas armas!
* Fonte: http://andaluciaproletaria.blogspot.com/2011/11/la-sangre-del-leon-y-el-festin-de-las.html
Traduzido pelo autor do blog.
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