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domingo, 25 de setembro de 2011

Porque comparam nazismo e comunismo?


“Comunismo é nazismo”

Quantas vezes nós, ao entrar numa discussão com os críticos do comunismo, não ouvimos essa besteira?
Todos nós odiamos aquelas estúpidas comparações, difundidas por aquela farsa cinematográfica chamada “The Soviet Story” e papagaiadas por pessoas que tem esperança de que – como diria Goebbels – “uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade”.

Aqui não vou perder meu tempo tentando fazer um paralelo entre as diferenças entre os comunistas e os nazifascistas.

Não vou perder meu tempo refutando aquele argumento de que nazismo só é comunismo porque tem “socialismo” no nome (argumento bem fraco por sinal).

Não vou perder meu tempo explicando que milhões de comunistas se sacrificaram, quer na luta ou na prisão, para livrar nosso mundo da peste nazista.

Não vou perder meu tempo mostrando o como Hitler recebeu dinheiro de instituições privadas como a Volkswagen, ou como os bancos alemães eram privados ou como vários países capitalistas faziam comércio com os alemães.

Não vou perder meu tempo explicando que Henry Ford, um dos maiores industrialistas do Século XX, criador do modelo fordista e primeiro chefe das empresas Ford, era amigo de Adolf Hitler e nem vou perder meu tempo falando sobre “O Judeu Internacional”, o Best-seller de Ford e livro de cabeceira de Hitler.

Ao invés disso, vou mostrar o PORQUÊ de tal comparação. Para isso voltemos á segunda guerra mundial.
Em 1939, Hitler atacou a Polônia sob protestos da Inglaterra e da França – seus ex-amigos que lhe entregaram a Checoslováquia de bandeja.

Só que ele não parou por aí. Também atacou e conquistou a Bélgica, a Dinamarca, a Noruega, os países bálticos, Grécia, Iugoslávia, Albânia, Luxemburgo e, por fim, enquanto a Inglaterra sofria de bombardeios a poderosa França cedeu á Blitzkrieg nazista(não necessariamente nessa ordem).

Não só isso, vários países também saudaram as invasões, facilitando as conquistas de Hitler: Finlândia, Hungria, Eslováquia e Romênia.

Isso pra não citar as campanhas na África do Norte e as conquistas dos japoneses no Pacífico.

Muitas dessas batalhas foram bem breves(*):

Polônia: de 1 de Setembro a 6 de Outubro de 1939 (36 dias)
Bélgica: de 10 a 28 de Maio de 1940(18 dias)
Noruega: de 9 de Abril a 10 de Junho de 1940 (62 dias)
Holanda: de 10 a 17 de Maio de 1940 (7 dias)
Luxemburgo: 10 de Maio de 1940 (no mesmo dia)
Grécia: de 6 a 30 de Abril de 1941 (24 dias)
França: de 10 de Maio a 25 de Junho de 1940 (46 dias)

 Em vários países que caíram sob domínio Hitlerista, os que não fugiam como galinhas (como o Rei da Grécia) colaboravam com o Eixo (como o Rei da Dinamarca).

Por fim, Hitler rompeu o Pacto Molotov-Ribbentrop (**) e atacou a URSS. Só não contava com uma coisa: o espírito guerreiro do socialismo.

A Operação Barbarossa, invasão da URSS pelo eixo, envolveu Alemães, Romenos, Finlandeses, Húngaros e outros países e voluntários fascistas, totalizando 4 milhões de invasores. Apesar disso, as massas soviéticas e o Exército Vermelho, sob a liderança do PCUS e do camarada Stalin, repeliram a invasão, libertaram a Europa Oriental e finalmente chegaram em Berlim em 9 de Maio de 1945 (os outros aliados chegariam somente depois)

Além disso, a liderança antifascista de vários países  pertencia exclusivamente aos comunistas. O homem que libertou a Iugoslávia, Marechal Tito, era comunista até 1948. Os homens e mulheres que combateram os nazistas na Grécia foram organizados pelo PC grego. Kim Il-Sung, que libertou a Coréia dos japoneses, foi comunista até a morte. Mao Tsé-Tung, que combateu os japoneses, foi comunista até a morte. Enver Hoxha, que libertou a Albânia, foi comunista até a morte. Pra não falar que os homens e mulheres que lincharam Mussolini eram todos de esquerda.

Você deve estar pensando: “Eu li até aqui e ainda não li nada que refutasse a comparação comunismo-nazismo”.

A resposta é simples: no fim da Segunda Guerra Mundial, o comunismo estava em alta nos corações e mentes dos povos do mundo. Partidos Comunistas começaram guerras revolucionárias na Malásia, no Vietnã e na Grécia e chegaram ao poder em toda a Europa Oriental. Aqui no Brasil, 11 anos depois de liderar o Levante de 1935, Luís Carlos Prestes foi eleito senador pelo PCB.

Porém, a reação internacional não poderia admitir que os comunistas, seus velhos inimigos de sempre, tivessem toda essa glória. Mas não podiam falar nada, afinal, Hitler (o qual eles nunca odiaram tanto assim) tinha cometido atrocidades inimagináveis.  Muitos países capitalistas tinham sido humilhado pelos hitleristas, sendo somente salvos pelos soviéticos. Por isso eles tiveram de arranjar uma nova estratégia. E arranjaram:

Aproveitando de fábulas anticomunistas como a história da fome na Ucrânia (uma mentira nazista grotesca) e através de vários historiadores e escritores que adoram vender sua pátria por dinheiro, os reacionários começaram a comparar comunistas com nazistas para conseguir impedir o avanço do progresso. Chegaram a pegar um massacre nazista e dizer que foi feito por ordens de Stalin (Katyn).

Enquanto isso, centenas de nazistas entupiam as fileiras dos serviços de inteligência dos EUA, da Inglaterra e da Alemanha Ocidental capitalista. Um dos responsáveis por matar Che Guevara era Klaus Barbie, conhecido como “O carniceiro de Lyon” por suas atrocidades na França ocupada.

Por todo o mundo, há milhares – talvez milhões – de fracassados que tem medo de aceitar a verdade: a Europa e os EUA estão afundando na própria lama e logo irão se afogar nela. O único meio de permanecer no poder é fazer as massas acreditarem que não há nada melhor que o capitalismo (o que não está adiantando)

 Enfim, são basicamente estes os motivos destas comparações: medo de perder seu dinheiro, e medo de admitir que é um inútil. 

Observações:

(*) Aqui as fontes das datas:

http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Belgium                                     

(**) O Pacto Molotov Ribbentrop foi uma tentativa da URSS de ganhar tempo para se preparar para uma guerra o qual sabiam que era inevitável. Não foi uma colaboração nazista-soviética, como muitos mentirosos querem que você acredite. Na verdade, o pacto só comprovou o como Stalin e a liderança soviética eram gênios na arte da estratégia militar.


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