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sábado, 28 de julho de 2012

Com o Conflito na Síria - só há duas opções para os "Cristãos Sionistas"



Quem são os "Cristãos Sionistas"?

Basicamente, são pessoas que tentam justificar a existência criminosa de Israel a partir de um ponto de vista "bíblico". Alguns afirmam que a criação do Estado de Israel, em 1948, é o sinal supremo da Segunda Vinda de Jesus Cristo. Outros simplesmente são defensores do que eles supoem ser "o caráter cristão e democrático do Sionismo".

Sim, eu também não entendi a ideologia deles. Eu não entendo o como uma entidade política criada não pela "luta do povo judeu", mas pela ONU a partir de aspirações colonialistas dos Britânicos, pode ter alguma relação com um ''milagre divino". Mais importante, eu não entendo o como um regime que construiu seu território roubando terras dos Palestinos, do Egito (Sinai) e da Síria (Golã) em guerras covardes - e que ainda aspira a criação de um país maior com mais terras de países árabes - pode representar a visão de Jesus Cristo de "Não Roubarás". Eu não entendo o como um país que mata seus inimigos do jeito que Israel mata - desde inimigos mortos por espiões no outro lado do mundo até homens, crianças, mulheres e idosos mortos por bombardeios - pode representar a visão cristã de "Não Matarás". Eu não entendo o como um país que expulsa imigrantes africanos e impede Palestinos de voltarem a sua pátria  pode representar a mensagem de Jesus Cristo de que se deve "Amar ao próximo".
File:Vandalized grave.jpg

Pichação em um Túmulo. Em hebreu se vê escrito "Morte aos Árabes".

E o que é mais irônico, eu não entendo o como um cristão pode defender o Sionismo, sendo que em Israel mesmo há uma série de ofensas contra a comunidade cristã:

TV de Israel satiriza Jesus Cristo e Virgem Maria e irrita Vaticano.

Membro do Parlamento Israelense rasga Bíblia e joga livro no lixo

Neste vídeo, um colono israelense (pode-se ver seu kippah, seu sotaque hebreu - e também a garrafa de bebida nas mãos) xinga a torto e a direito e fala: "We killed Jesus; we're proud of it" (Nós matamos Jesus e nos orgulhamos).

Ele também fala: "This is my land, you fuck!"(Esta é mnha terra, seu merda!) e "We're gonna kill you and the Palestinians, you Nazi" (Nós vamos matar você e os Palestinos, seu nazista)



Até mesmo muitos judeus se opôem ao Sionismo - e usam de argumentos baseados na Torá para mostrar suas opiniões progressistas.

http://www.truetorahjews.org/

http://www.rabbisforpalestine.org/2009/12/21/judaism-rejects-the-zionist-state/

http://www.nkusa.org/aboutus/zionism/judaism_v_zionism.cfm

http://jewsagainstzionism.com/

...

Então, porque motivos um Cristão seria Sionista?

Porque ele, é um idiota. A idiotice dele está para seu cristianismo como um urso está para um cupim.

Pesquisando, descobri um dos mais árduos defensores do ''Sionismo Cristão" - Pat Robertson.

Pat Robertson é representante da "Christian Right" termo americano para os conservadores mais ligados ao cristianismo, ele até tentou ser Presidente Americano. Também previu o fim do mundo para 1982, mesmo ano que disse que Jesus voltaria.

Quando o terremoto do Haiti causou 100 mil mortos em 2009, ele afirmou que os haitianos estavam sofrendo por causa de um "pacto com o diabo"



Ele afirma, entre outras coisas, que feminismo é "matar os seus filhos, praticar feitiçaria, destruir o capitalismo e tornarem-se lésbicas", Que o 11 de Setembro foi "juízos da ira divina contra os homossexuais, ateus e liberais". Também pediu para que os serviços secretos matassem Hugo Chávez, acusando-o de ajudar comunistas e muçulmanos no Continente. Ele ainda acusou o Islã de não ser uma religião, mas uma ideologia política fascista. 

Sua defesa do Sionismo é tanta que ele chegou a dizer que Ariel Sharon, ex-primeiro ministro de Israel, estava em coma vegetativo porque Deus o castigou por "dividir a terra de Deus com os Palestinos".


Vários outros pastores americanos seguem as teorias de Robertson - como Jerry Falwell. O Sionismo cristão é quase uma regra nos círculos conservadores americanos, atraíndo gente como Glenn Beck e militantes do "Tea Party"



...

Como quase todo mundo sabe, desde 2011 a República Árabe Síria enfrenta grupos terroristas armados, organizados no autoproclamado "Exército Livre da Síria". Este grupo visa a derrubada de seu Presidente, Bashar Al-Assad. Se inspiram na "Revolução" na Líbia, quando assassinos e bandidos derrubaram Muammar Al-Gaddafi com a ajuda da OTAN e transformaram o país em um Estado ditatorial, porém fraco. Isso porque a "autoridade democrática" do novo regime é inútil perante a ação de dezenas de milícias independentes que agem como perfeitos foras-da-lei.

Basicamente, não há cristãos na Somália, nem no Afeganistão, graças á Al-Qaeda. A Al-Qaeda, fundada pelo milionário Saudita Osama Bin Laden, é uma rede organizada de organizações terroristas de países diferentes - mas que compartilham algo em comum: qualquer um que não seja muçulmano sunita como eles, está fadado a morrer. Ás vezes o simples fato de ser muçulmano sunita não te salva - você tem de ser radical e intolerante como eles mesmos são.

Os rebeldes sírios são fortemente ligados á Al-Qaeda. Mesmo que o ESL tenha sido fundado como uma organização neutra em relação á Al-Qaeda, os terroristas já se infiltraram dentro dela - e sua influência cresce cada vez mais.




Peguemos o exemplo dos Alauitas. Os Alauitas são um grupo étnico-religioso que vive na Síria e no Líbano. A fé Alauita, embora única, é mais próxima ao Islamismo xiita do que de qualquer outra religião. Por séculos, os Alauitas sofreram perseguição na Síria - isso mudou quando Hafez Al Assad chegou ao poder do Partido Baath e do país. Hafez, um Alauita, nomeou vários Alauitas para postos de comando no novo regime, enquanto fazia os Sírios não se virem mais como árabes, curdos, druzos, sunitas, xiitas, cristãos...Mas como Sírios!


Estando a cena política do país repleta de Alauitas, é comum que a oposição tenha um ódio dessa comunidade.

Logo, uma vitória rebelde (graças á deus está muito longe, pois mesmo eles conseguindo atacar a capital, o Exército Sírio ainda é centenas de vezes mais forte e tem o apoio da grande maioria da população) iria significar uma Síria sectária - tal qual antes da chegada ao poder de Hafez Al Assad, que tinha tolerância zero com fanáticos muçulmanos. Ele mesmo destruiu a Irmandade Muçulmana na Síria após eles se engajarem numa onda de assassinatos de Alauitas. Isso foi nos anos 80.



Ainda duvida? Pois bem.

Este é Adnan Al-Arour. Ele é um clérigo sírio que vive exilado na Arábia Saudita, a capital da intolerância no mundo. Ele é um ardente defensor da "Revolução Síria" e é conhecido pela sua intolerância com outras comunidades no país. Neste vídeo ele fala que ele e os revolucionários vão matar os Alauitas opositores e alimentar os cachorros com eles. Mais tarde, no vídeo, é explicado que o próprio Profeta Maomé disse que não se devia mutilar corpos, nem mesmo de animais.

A infame cena é mostrada de 2:20 até 2:30 e a parte que ele conclama tal violência é repetida várias vezes. Você terá de clicar em legendas (CC) para ler, em inglês.


Ok, ok...eles odeiam os Alauitas...mas, e os cristãos??

Como já disse, a Al-Qaeda é intolerante. O ESL é intolerante. Os batalhões do ESL recebem o nome de figuras históricas sírias, mas todas sunitas. Os atentados que hora ou outra matam centenas em cidades Sírias tem a marca registrada da Al-Qaeda.

Quando o conflito sírio mostrava sinais de que seria armado, a cidade de Homs ficou infestada de terroristas do ESL. A maioria dos milhares de cristãos foram expulsos da cidade.

O Cristianismo na Síria é um dos mais antigos no mundo. Uma campanha anti-cristã significaria não somente um genocídio, mas um ataque contra um patrimônio cultural da história da humanidade.

Na Síria, os cristãos apoiam Bashar Al-Assad. Bashar, filho de Hafez, continua a tradição de tolerância de seu pai e assim os cristãos da Síria recebem a proteção do governo. Na verdade, um dos quatro Oficiais militares Sírios de alto escalão mortos em um ataque terrorista em Damasco nesse mês - O Ministro da Defesa Dawoud Rajiha - era Cristão Grego Ortodoxo.

Outras manifestações de apoio.



A picture of Syria's embattled President Bashar al-Assad is superimposed on images of Jesus Christ and Virgin Mary, along with the national flags of Russia (L), China (top-R) and Syria, during a pro-regime rally in Damascus on February 5, 2012, while outrage grew after Russia and China blocked a UN Security Council resolution condemning Syria for its crackdown on protests, with the opposition saying it handed the regime a 'licence to kill.'


Fichier:AleppoMaroniteCathedral.jpg


















Como podem ver, os cristãos apoiam Bashar.

E por apoiarem Bashar, eles são vítimas favoritas dos rebeldes.





Igreja destruída.



Rebelde assassino e desrespeitoso.

4

Enterro de um cristão morto pelos rebeldes.

...

CONCLUSÃO

Uma queda do Regime Baathista transformaria o país num novo Iraque - após a queda de Saddam Hussein. A maioria dos iraquianos que fugiram da guerra são cristãos. Antigamente, a comunidade chegava aos milhões. Hoje, a minuscula comunidade cristã Iraquiana convive com medo de que sua Igreja seja a próxima a ser alvo de um ataque terrorista - algo que tem se tornado muito comum no país.

Não há desculpa para alguém que se diz cristão não apoiar Bashar Al Assad, seja pelas orações ou torcendo mesmo para que ele destrua todos os rebeldes. Bashar Al Assad não é cristão - Mas é ele quem garante que os cristãos possam rezar na Síria, ler a Bíblia livremente e expor sua fé abertamente. Nenhum cristão de verdade pode torcer para a derrota de Bashar, não importa o quanto ele acha os Israelenses um povo bonzinho.

Assad é antissionista. A Síria é parte do "Eixo de Resistência" do Oriente Médio, que inclui também Irã e Hezbollah. A Síria apoia o Hezbollah em todos os campos - do militar ao diplomático - e esse apoio foi crucial para a derrota das pretensões de Israel no Líbano em 2006. Os Israelenses odeiam Bashar Al Assad, cujo governo sempre se pôe ao lado dos Palestinos, inclusive abrigando vários grupos militantes em Damasco. O ódio é tanto que Israel atacou a Síria em 2007 - numa operação aérea contra um reator nuclear. Mas Assad não revidou. Assad não é pró-Guerra.

Embora Israel tenha se mantido calado neste conflito, eles sabem que uma Síria dominada pelos rebeldes lhe trará muitas oportunidades - inclusive um enfraquecimento da posição iraniana. Os próprios rebeldes já disseram querer paz com Israel.

Neste cenário caótico que se encontra a Síria agora, só há duas opções para os que são idiotas úteis do Sionismo e leitores da Bíblia ao mesmo tempo: Mostrar que amam Jesus mais do que Israel (bem mais) e apoiar um governo antissionista e pró-cristão - ou mostrar que preferem lamber botas de um regime quase satânico e fazer coro com os que clamam a queda de Assad em nome destes interesses.

As cartas estão na mesa.


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